Você sabia que a diversidade no setor de tecnologia está em perigo? Gabriela de Queiroz, diretora de inteligência artificial da Microsoft, expressa suas preocupações sobre as big techs que estão recuando em suas políticas de diversidade, equidade e inclusão. Ela explica como essa mudança é um retrocesso e afeta diretamente as mulheres na área. Neste artigo, vamos explorar as ideias de Gabriela e de outros especialistas sobre a importância de ter equipes diversas e os riscos que corremos quando essas iniciativas são deixadas de lado. Venha entender o que isso significa para o futuro da tecnologia e para as próximas gerações.
- Gabriela de Queiroz critica a redução de DEI nas big techs, vendo isso como um retrocesso.
- Empresas como Meta e Google estão afrouxando suas políticas de diversidade.
- Mulheres representam 64% dos trabalhadores que treinam sistemas de IA, mas são mal remuneradas.
- Apenas 12% dos pesquisadores de IA no mundo são mulheres.
- A diversidade nas equipes ajuda a evitar preconceitos nos algoritmos de IA.
A Retrospectiva da Diversidade nas Tecnologias
A Preocupação de Gabriela de Queiroz
Você já parou para pensar sobre como a diversidade nas grandes empresas de tecnologia está mudando? Gabriela de Queiroz, que ocupa um cargo importante na Microsoft, está preocupada com isso. Ela sente que as grandes empresas estão dando passos para trás em relação a políticas que promovem diversidade, equidade e inclusão. Para ela, essa situação é um retrocesso e pode afetar muitas mulheres que trabalham nesse setor.
Gabriela não é estranha a esses desafios. Ela fundou iniciativas como o R-Ladies e o AI Inclusive, que oferecem workshops de programação para mulheres e ajudam a desenvolver algoritmos. Mesmo com suas conquistas, ela percebe um clima “tenso e instável” nas grandes empresas de tecnologia, especialmente no Vale do Silício.
O Impacto do Retrocesso nas Políticas de DEI
Após eventos trágicos, como o assassinato de George Floyd, muitas empresas começaram a se preocupar mais com quem estavam contratando e promovendo, resultando em um movimento em massa por políticas de diversidade e inclusão. No entanto, Gabriela observa que agora algumas dessas empresas, como Meta e Google, estão recuando. Isso a deixa triste, pois essas políticas foram vitais para abrir portas para muitas mulheres.
Ela se pergunta: e agora, o que será das próximas gerações? Essas iniciativas foram fundamentais para que muitas mulheres, incluindo ela, tivessem acesso a oportunidades e redes de apoio. Sem isso, a realidade pode se tornar muito mais difícil.
A Visão de Camila Achutti
Camila Achutti, cofundadora e CEO da Mastertech, também compartilha dessa preocupação. Ela acredita que times diversos criam produtos de maior qualidade. Quando as empresas se afastam dessas práticas, o cenário se torna preocupante. Camila trabalha para incluir digitalmente professores e jovens em situação de vulnerabilidade e vê a diversidade como uma chave para o sucesso.
O Papel das Mulheres na IA
No Brasil, as mulheres representam 64% dos trabalhadores que treinam sistemas de Inteligência Artificial (IA). Elas desempenham um papel crucial ao classificar informações, como imagens e textos, para que os modelos de IA possam aprender. No entanto, essa função é uma das mais mal remuneradas na indústria de IA. Muitas vezes, o trabalho é terceirizado para países como China e Índia, onde a mão de obra é desvalorizada.
Infelizmente, mesmo com tantas mulheres nessa área, a presença delas em cargos de liderança e pesquisa continua sendo muito baixa. Dados da Unesco mostram que apenas 12% dos pesquisadores de IA são mulheres, e apenas 6% dos programadores. Para Camila, se quisermos mudar a forma como a tecnologia é utilizada, não basta ter mulheres em posições básicas. É preciso que elas também ocupem cargos de decisão.
Convite Para Você…
A Importância de Times Diversos
Luciana Lima, diretora de crescimento na A3 Data, acredita que ter uma equipe diversa é essencial para minimizar riscos. Sem essa diversidade, os algoritmos podem reproduzir preconceitos e tomar decisões prejudiciais a certos grupos. Quando se pensa em tecnologia, é fundamental que as vozes de diferentes pessoas sejam ouvidas.
Dora Kaufman, professora da PUC-SP, ressalta que a diversidade nas equipes é uma maneira eficaz de evitar problemas, como preconceitos que podem surgir em sistemas de IA. Ela acredita que ter pessoas de diferentes origens e experiências aumenta a chance de que os modelos sejam mais justos e representativos.
A Centralização do Poder nas Big Techs
Kaufman aponta que, nos últimos anos, houve tentativas de criar regras para proteger a diversidade na tecnologia, mas essas iniciativas foram enfraquecidas com a chegada de novos governos. As grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs, têm um controle significativo sobre como a IA é desenvolvida e aplicada. Essa centralização pode influenciar negativamente a diversidade e a inclusão.
A Necessidade de Mudança
Então, o que pode ser feito? É necessário que as empresas voltem a focar em políticas de diversidade e inclusão. Isso não é apenas uma questão de justiça social, mas também de qualidade. Times diversos podem criar produtos mais confiáveis e inovadores.
O Caminho a Seguir
Você pode se perguntar: como podemos ajudar a mudar essa situação? Aqui estão algumas ideias:
- Apoiar iniciativas de diversidade: Participe ou apoie programas que promovem a inclusão de mulheres e minorias na tecnologia.
- Educação: Invista em educação para jovens, especialmente meninas, para que elas possam se interessar por áreas como ciência da computação e IA.
- Conscientização: Fale sobre a importância da diversidade nas empresas e como isso pode impactar a qualidade dos produtos.
Conclusão
A diversidade no setor de tecnologia é um tema que não pode ser deixado de lado. A preocupação de líderes como Gabriela de Queiroz e Camila Achutti nos mostra que estamos em um ponto crítico. O retrocesso nas políticas de diversidade, equidade e inclusão nas big techs pode não apenas afetar as mulheres que já estão na área, mas também as futuras gerações que sonham em fazer parte desse mundo. É fundamental que você se envolva, apoie iniciativas e converse sobre a importância de ter equipes diversas. Lembre-se: a qualidade dos produtos e a justiça social andam de mãos dadas. Vamos juntos lutar por um futuro mais inclusivo e representativo na tecnologia! E se você quer se aprofundar ainda mais nesse assunto, não deixe de conferir outros artigos em clienterapido.blog.br.
Perguntas frequentes
O que Gabriela de Queiroz pensa sobre o recuo das big techs em diversidade e inclusão?
Gabriela considera esse recuo um triste retrocesso. Ela acredita que prejudica mulheres e novas gerações no setor de tecnologia.
Como a falta de diversidade afeta a qualidade dos produtos?
Gabriela e Camila Achutti afirmam que times diversos criam produtos melhores. Sem diversidade, a qualidade e a confiabilidade dos produtos diminuem.
Qual a situação das mulheres na indústria de IA?
No Brasil, as mulheres representam 64% da força de trabalho na IA, mas estão em funções mal remuneradas. Apenas 12% das pesquisadoras de IA no mundo são mulheres.